terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caretas

Dupla dinâmica

As coisas aqui estão agitadas. O Bernardo não poderia ser mais acolhedor com a Flora, mas a gente tem que tomar cuidado, pois ao lado dela, ele vira um gigante, sem noção exata da força de seus carinhos. Selecionei algumas fotos que tentam explicar um pouco desse encantamento. Dele com ela e nosso, com tudo isso.

Baby Girl

Nos primeiros dias de vida, a Flora passava todo o tempo vestida apenas com um bodyzinho e enrolada em uma manta. Isso porque eu, traumatizada com o tamanho do Bernardo, não comprei nadinha de recém nascido. Todas as roupas ficavam enormes para ela. O clássico macacãozinho vermelho teve vida extremamente ativa por aqui, pois era o menorzinho de todos. Cansadas de esquentar as perninhas nas mantinhas, eu e minha mãe fomos à GAP no sábado pela manhã e compramos três calcinhas pequenas, de 0-3 meses. Uma delas, com essa sainha de crochê por cima. Essa brincadeira, de vestir boneca, promete ser bem divertida!

Carta para a Flora


E a Flora recebeu sua primeira correspondência! Sexta-feira, chegou pelo correio o número do seguro social da nossa bebê, uma espécie de CPF que vai acompanhá-la para sempre em sua vida como cidadã americana.

Splash!


Demorou, mas a Flora finalmente tomou seu primeiro banho. Estávamos esperando o umbigo cair para colocá-la na água. Até então, era uma ginástica para encher a banheira e lavá-la só com uma fraldinha molhada. Sexta-feira, depois de mais de duas semanas, o umbigo caiu e a gente pode mostrar para a nossa pequena com quantas canecas se faz um banho de verdade. E não é que ela adorou? Não se incomodou nem quando viramos a água sobre sua cabecinha.

sábado, 19 de novembro de 2011

A pergunta que não quer calar

Desde ontem, a frase mais repetida pelo Bernardo é "Are you ok?". Depois de uma bronca para ele ir para a cama, em que eu parecia nervosa, como segurar o riso diante de um "Are you ok, mamãe?". Ou então, enquanto a Flora chorava de dor de barriga, ele ficava em cima perguntava "Are you ok, neném?". E assim ele segue, perguntando aos seus brinquedos, aos personagens da Vila Sésamo, aos bichinhos colados na parede. E tem como não ficar ok com tamanha fofura?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Casa cheia

Assim como foi na chegada do Bernardo, minha mãe veio do Brasil não só para compartilhar esse momento com a gente, mas também para nos ajudar com todas as novidades da rotina com um bebê. Veio ainda a Sonia, minha irmã da Venezuela, e o Edi e a Toninha, meu irmão e minha cunhada, também do Brasil, que não ficaram aqui em casa, mas estavam com a gente o tempo todo. Eles fizeram um verdadeiro mutirão para manter a rotina da casa, almoço e jantar na hora certa, levar e buscar o Bernardo na escola, enquanto eu estava no hospital e depois que eu voltei, mas ainda estava por conta da minha recuperação e dos cuidados com a Flora. Minha mãe tem uma semana a mais por aqui e nós estamos aproveitando. Quem mais vai levar a Flora para seus banhos de sol matinais na piscina? Vamos ficar com saudades, mas ainda bem que a distância é só uma questão de tempo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Duas semanas

Hoje a Flora completa duas semanas e a gente começou a saga de acertar a documentação dela para partirmos para o Brasil em dezembro. Como o passaporte do Bernardo também vence em breve, aproveitamos para tirar os dois. Por isso, hoje cedo, fizemos umas fotinhos aqui em casa que em breve estamparão ambos os passaportes.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Big Brother

Beijos, beijos e mais beijos
Em busca dos melhores ângulos
Primeira impressão, na maternidade
Todo mundo estava curioso para saber a reação do Bernardo diante da chegada da Flora e se ele entendia o que estava acontecendo. Uma semana antes dela nascer, despachamos nossa mudança para o Brasil. O Bernardo saiu para ir para a escola e quando chegou, não tinha mais casa, não tinha mais quarto e não tinha mais brinquedos. Em compensação, sobrava espaço para ele correr apartamento afora. Também teve a chegada da vovó, minha mãe, que passou a colocá-lo para dormir em nosso lugar e a dividir a cama queen size com ele. Acho que para ele estava claro que alguma coisa acontecia, era grande, mas ele não sabia exatamente o quê. No domingo à noite, dia 30, ele foi dormir como de costume, ao lado da vovó, quando eu comecei a sentir as contrações e tivemos que correr para o hospital. Ele ficou com a minha mãe e a Sonia, que chegou providencialmente no domingo a tarde. Na manhã seguinte, quando ele acordou, não estávamos aqui. E aparentemente, nossa ausência não o surpreendeu. Assim correram os dias, sem que ele perguntasse por mim. Na terça-feira, depois da escola, o Saulo o levou para me ver. Na verdade, para eu vê-lo, pois estava morrendo de saudades. Para minha surpresa, ele me ignorou por completo. Entrou direto no quarto, se encantou com a vista, com a cama, com o banheiro, blá blá blá. Eu continuei deitada, como se ali não estivesse. Depois de algum tempo, ele se deu conta que havia um neném. E ficou enlouquecido, querendo beijá-la, abraçá-la, passar a mão em sua cabecinha. Mas aos seus olhos, eu continuei como uma traidora. No dia seguinte, foi um pouco melhor e desde que cheguei em casa, ele está tão encantado com a irmãzinha que fica em cima de mim, pois sabe que esse é o caminho para estar mais próximo a ela também. Se ela mama, ele deita no meu colo para ficar bem pertinho dela, on que me obriga a forrar-me de travesseiros, para proteger meu estado de recém parida. Ao som do chorinho dela na babá eletrônica, ele é o primeiro a correr para o quarto. E se pedimos para ele nos mostrar como é que a Flora chora, ele dispara uns gemidinhos bem curtinhos e morre de rir diante de qualquer sonzinho que ela emite. Os dois tem dormido no quarto com a gente, ela em seu bercinho e ele, em uma caminha no chão. Os primeiros dias foram mais fáceis, mas agora, quando ela acorda, ele acorda junto e quer participar de tudo. Se trocamos a fralda dela, ele pede para trocar a dele. Se ela mama, ele pede um copo de leite. Isso, às duas da madrugada. Ela dorme logo depois de mamar, mas ele não. Espero que as próximas noites sejam mais fáceis, pois o Bernardo já abusou da cota dele de manter-nos acordados durante a noite. Mas a parte esse capítulo, posso dizer que ele está gostando da idéia de ter uma irmãzinha.

A Flora chegou

Há exatamente uma semana, nossa família cresceu. A Flora nasceu na madrugada de domingo para segunda, no mesmo hospital e com a mesma equipe que trouxe o Bernardo ao mundo. Foi como se um filme passasse em nossa cabeça e todos os instantes que antecedem a chegada de um bebê fossem revividos, um a um: as roupas, o movimento de médicos, a anestesia, o mise-en-scène até que vem o chorinho, que silencia todos os outros ruídos da sala e transforma nossa angústia em uma felicidade misturada com ansiedade, para ter a bebê nos braços logo. A Flora nasceu com 3.5 kg e 51 cm. É uma meninona, mas que nos pareceu diminuta, comparada às lembranças que tínhamos do Bernardo, com seus 4,5 kg e 54 cm. Talvez porque só conseguíssemos pensar nele agora e aquele bebezinho tenha ficado lá atrás. Ela nasceu saudável, perfeitinha e não tão pronto fomos para o quarto, ela mamou direitinho, embora o leite fosse apenas um líquido transparente, mas suficiente para alimentar um bebê em seus primeiros dias. A primeira semana foi tranquila e ainda é cedo para comemorar, mas um horizonte promissor se assinala, com noites beeeem mais calmas que costumávamos ter com Bernardo. Sabe como é, gato escaldado tem medo de água fria, então quando ela tiver um mês, direi se é uma boa dorminhoca ou não. Por enquanto, o posso dizer é que ela é linda, adorável e bem calminha. Já estamos completamente enfeitiçados pela nossa bruxinha, que chegou um dia antes do previsto, na noite de Halloween.